Limeira: da capital da laranja à cidade das joias e folheados




Neste dia de comemoração, a cidade vive um tempo de grandes expectativas de um futuro melhor. “Limeira é a bola da vez”, diz o historiador José Eduardo Heflinger Júnior, que conta como o município, considerado a capital da laranja, chegou a cidade das joias e folheados. A cidade vive um momento de progresso e expansão econômica, com a chegada de grandes empresas. Heflinger ainda salienta que agora é hora de aproveitar e unir as forças para planejar o futuro de Limeira.
A vinda de universidade também é destacada pelos historiadores como fator contribuinte para o crescimento da cidade.
O professor de história João Rafael Corrêa dos Santos diz que hoje é dia de reflexão. Relembrar os fatos históricos que fizeram da cidade o que ela é hoje.
A história começa em 1822, quando a Vila da Constituição (Piracicaba) realizou um censo e descobriu que na região do Morro Azul e Tautibi havia mais de 900 pessoas livres e cerca de 500 escravos. Na época, a produção nas grandes fazendas era de açúcar redondo. A Fazenda Ibicaba, do senador Nicolau Pereira de Campos Vergueiro, surgiu nesse período também. Vergueiro foi um dos maiores incentivadores para que Limeira se tornasse um povoado. O solo rico atraiu diversos povos. Como a produção começou a aumentar, era necessário abrir uma estrada para escoar a demanda dessa produção. A abertura aconteceu em 1823, com a permissão de Oyenhoussen, governador da província de São Paulo. Foi construída a estrada Morro Azul Tatuibi/São Carlos (Campinas, atualmente). Às suas margens surgiu um povoado. As terras eram de Luiz Monoel da Cunha Bastos, que, junto com o senador Vergueiro, assinou a doação para que esse povoado se desenvolvesse. Três anos depois, Cunha Bastos morreu assassinado. As terras doadas começaram a ser vendidas, ilegalmente. Só em1830, alguns documentos apareceram. Surgiu, então, a Freguesia da Limeira (antecedia a vila). Depois vieram os barões do café e a imigração dos europeus.
Em 1863, Limeira torna-se cidade e o sistema de parceria entra em decadência. O senador Vergueiro fale e a família Levy compra a Ibicaba. No final do século 19, as terras que não eram boas para o café eram usadas para a plantação de laranja. Mário de Souza Queiroz foi o primeiro a fazer enxerto, e depois vender mudas. Major José Levy Sobrinho veio tempos mais tarde. “Assim Limeira se tornou a capital da laranja, até a década de 60, que deu lugar às joias e folheados e hoje soma muitas conquistas e vive esse momento de progresso novamente”, conta Heflinger. Ele ainda salienta que a lenda de João das Mercês é difundida pela história, mas não passa de relatos inventados, talvez, na época.


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