

O carioca Carlos Jorge Wildhagen Rodrigues, de 50 anos, nasceu surdo. Ele tem síndrome de Usher, que causa surdez congênita acompanhada por perda progressiva da visão. Com 10 anos, começou a ficar cego. Depois do ensino médio, tornou-se digitador. Trabalhou 11 anos, mas a cegueira obrigou-o a se aposentar. Foi o primeiro aluno surdocego do Instituto Benjamin Constant (IBC), no Rio.
Tato. Cláudia Sofia usa o tadoma para compreender o que as pessoas falam: ela encosta o polegar e o indicador no queixo do interlocutor. Ao ficar surda, aprendeu a ler os lábios. Depois de ficar cega, tocou a boca da mãe em um momento de aflição e descobriu que também era capaz de ler os lábios com o tato. Apenas três pessoas no País utilizam esta forma de comunicação.
Rodrigues utiliza libras tátil e sabe ler em braile. Trabalha em um computador devidamente adaptado, utilizando o resquício visual para presidir a Abrasc.
Em maio de 2005, Cláudia Sofia e Rodrigues tornaram-se o primeiro casal de surdocegos do País. Vivem em um apartamento na Vila Mariana, zona sul de São Paulo. Gostam de praticar esportes radicais - ele já foi instrutor de mergulho e ela pulou de paraquedas. Para conversar, utilizam libras tátil. A autonomia dos dois impressiona familiares, vizinhos e amigos.
E o casal ainda alimenta muitos planos para o futuro. "Quero ter filhos", afirma Cláudia Sofia. "Se necessário, vamos adotar."
Fonte: www.saci.org.br
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